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  Linux é para perdedores?

Autor: Daniel Lyons
Nova Iorque - Theo de Raadt é um pioneiro de movimento de software de código livre e um entusiasmado proponente de Software Livre. Mas ele não é nenhum fã do sistema operacional de código aberto Linux.

"È terrível", diz De Raadt. "Todos o estão usando, e eles não percebem como é ruim. E o povo do Linux vai simplesmente continuando com ele e incluindo coisas nele ao invés de dar um passo atrás e dizer: 'Isso é lixo e nós deveríamos consertar.'"

De Raadt faz um sistema operacional rival de código aberto chamado OpenBSD. Diferente do Linux, que é clone do Unix, OpenBSD é baseado numa variante Unix real chamada Berkeley Software Distribution. O BSD é base de dois dos melhores sistemas operacionais do mundo - Solaris da Sun Microsystem e MAC OS X da Apple Computer.

Há três sabores de código aberto de BSD - FreeBSD, NetBSD e OpenBSD, o que De Raadt desenvolve, muito bem conhecido por seus recursos de segurança. Resumindo o equivalente hacker da rivalidade "Ford versus Chevy", o povo do BSD faz graça do Linux em fóruns de mensagem e sítios Web -- dizendo que os caras do BSD são muito parecidos com os caras do Linux, com a diferença de já terem beijado garotas.

Dor de cotovelo? Talvez. Linux é imensamente mais popular que todas as versões de código aberto do BSD.

De Raadt diz que isso acontece parcialmente porque o Linux tem suporte de grandes fabricantes de hardware como Hewlett-Packard e IBM, que ele diz terem transformado hackers do Linux em uma força de trabalho grátis.

"Essas companhias costumavam pagar para desenvolver o Unix. Elas tinham engenheiros internos que escreviam novos recursos quando os clientes os queriam. Agora eles simplesmente permitem à comunidade de usuários fazer seus próprios pequenos consertos e recursos, procurando conseguir o mesmo nível de funcionalidade, investindo apenas alguns tostões nisso", diz De Raadt.

De Raadt diz ainda que seu excelente time de 60 programadores, trabalhando de modo focalizado e concentrado e iniciando do núcleo de um Unix "testado e verdadeiro", consegue fazer códig melhor do que o confuso movimento Linux.

"Eu acho que a qualidade de nosso código é melhor, somente porque há realmente um imenso foco para nós", diz De Raadt. "O Linux nunca foi sobre qualidade. Há tantas partes do sistema que são apenas gambiarras baratas, só que acabam funcionando." Sobre Linux Torvalds, que criou o Linux e gerencia o desenvolvimento, De Raadt diz: "Eu não sei mais qual é o foco dele, mas não é qualidade."

Torvalds, por e-mail, disse que De Raadt é "uma pessoa difícil" e se isentou de comentar mais.

De Raadt culpa a estrutura de desenvolvimento do Linux, em que milhares de programadores dão pedacinhos de código a "mantenedores", que por sua vez passam partes ao Torvalds e um punhado de tenentes-gerais.

O envolvimento de grandes companhias também cria problemas, diz De Raadt, já que companhia forçam suas próprias agendas e acabam atrapalhando - como aconteceu recentemente quando um programador da RedHat publicou um artigo criticando os programadores Linux da IBM.

Há também uma diferença em motivação. "O povo do Linux faz o que faz porque eles odeiam a Microsoft. Nós fazemos o que fazemos porque nós amamos o Unix", diz De Raadt. A ironia, porém, é que enquanto os barulhentos fanáticos do Linux fazem de seu ódio pela Microsoft uma grande preocupação, De Raadt declara que seu amado programa está começando a parecer muito com o que a Microsoft publica. "Eles têm o mesmo ciclo de desenvolvimento rápido, que acaba gerando código lixo", diz ele.

De Raadt diz que o BSD poderia ter se tornado o sistema operacional open source mais popular do mundo, mas uma ação sobre o BSD no início dos anos 90 afugentou os desenvolvedores do sistema, que acabaram indo para o Linux e continuaram onde estavam mesmo depois que o BSD ganhou a ação e foi declarado legal. "É realmente muito triste", diz ele. "Está levando um tempo enorme para a base de código Linux chegar onde o BSD estava 10 anos atrás."

Lok Technologies, um fabricante de equipamentos de rede baseado em San Jose, California, começou a usar Linux em seu equipamento mas mudou para o OpenBSD quatro anos depois quando o fundador da companhia, Simon Lok, que tem doutorado em ciência da computação, resolveu dar uma olhada mais aprofundada no código-fonte do Linux.

"Você sabe o que eu encontrei? Explicitamente no cerne, no coração do sistema operacional, eu encontrei o comentário de um desenvolvedor que dizia 'Isso pertence a este lugar?'", diz Lok. "Que tipo de confiança isso inspira? Naquele momento, eu soube que era hora de mudar."


http://www.forbes.com/intelligentinfrastructure/2005/06/16/linux-bsd-unix-cz_dl_0616theo.html

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